quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Resenha: Grandes Esperanças

Hoje a resenha é de Grandes Esperanças, de Charles Dickens.
Esse livro me deixou totalmente sem palavras. Sabe quando você lê aquele livro, não consegue parar mais, e fica pensando nele o dia todo, totalmente sem palavras, com aquela sençação de que sua vida ficou completa durante a leitura, mas, quando se acaba o livro, ele fica mias incompleta do que antes, dá aquela sensação de vazio, sabe? Pois é, foi exatamente isso que aconteceu comigo. Grandes Esperanças é mais que bom, mais que fantástico, mais que tudo. Fiquei extremamente marcado por ele, eu realmente vivi dentro dele durante a leitura. Me senti como se fosse Pip, como se eu estivesse vivendo aquela situação.
Posso afirmar com certeza absoluta que é o melhor livro singular ( que não é de uma saga ) que já li. É realmente incrível como Dickens consegue transportar seu leitor para dentro de suas histórias. Já tinha lido a respeito disso, que seus personagens eram extremamente "reais", como na vida, e não esteriótipos como vilão e mocinho, mas não sabia que esse livro ia me pegar desse jeito.
Já tinha ouvido falar de Grandes Esperanças, mas nunca me atraí por ele, pensando que era só mais uma história de amor. Até que vi o clipe do filme que vai sair dia 30 de setembro, Great Expectations. Sou fã árduo de Harry Potter, e descobri o filme através de um fansite, pois o diretor (Mike Newell) é o mesmo de Harry Potter e o Cálice de fogo, além do filme contar com muitos atores e atrizes de Harry Potter. Então decidi dar uma chance. Vi o trailer. Vi denovo. E denovo. Não conseguia parar de vê-lo. Alguma coisa ali me fascinou, e muito. Na verdade acho que foram vários fatores. Como sou "viciado" (desculpe a palavra forte, mas "amor" não é o bastante) na Helena Bonham Carter desde que a vi pela primeira vez como Belatriz Lestrange em HP, já me empolguei. Aí aparece o Ralph Fiennes (Voldemort de HP). E depois Robbie Coltrane (Hagrid de HP). E depois Helena Barlow (Rose Wesley de HP, filha do Ron). E ainda descobri que é com Jessie Cave e Ralph Ineson ( Lilá Brown e Carrow de HP, respectivamente). E então aquela trilha sonora linda. E eu também adoro filmes e livros que se passam numa época anterior à nossa, então decidi ver a sinopse do livro.No trailer, quando Estella falou " I have no heart ", eu até cheguei a pensar que tinha bruxaria envolvida na história (rsrsrs). Confesso que perdi um pouco a vontade de ler depois disso, mas continuei, me empolguei de novo vendo uma resenha, pois a que eu vi não tinha nada a ver com o livro. Aqui embaixo está o trailer de que tanto falei:


E então li. Não somente li, eu engoli, devorei. Eu vivi aquele livro. No final da primeira pagina, já tinha notado que não havia resenha boa o bastante para essa obra de arte, que era um livro muito maior e mais real do que eu pensava, e realmente me desliguei do mundo ao lê-lo. Me preocupei com os personagens como se eles fossem reais, como se eu fosse Pip. Eu poderia ficar aqui escrevendo infinitas vezes como esse livro mudou minha vida, (o que eu já devo ter dito no mínimo cinco vezes até agora), mas é realmente impossível transmitir todo o sentimento do livro desse jeito. Compre-o, alugue-o, ou peça emprestado para alguém, mas não deixe de lê-lo. Você realmente não faz ideia do que está perdendo.
Mas agora vamos a um breve resumo do livro (ou milagre, também serve): O livro narra a vida de Pip, desde sua infância até a vida adulta. Pip era um garoto pobre, criado pelo irmã de um jeito terrível. Ela batia muito nele, arrastava ele pelos cabelos, espancava ele com a panela e outras crueldades. Certo dia, Pip vai visitar o túmulo de uma pessoa (não posso dizer quem é, seria spoiler), e conhece um prisioneiro fugitivo que lhe pede para roubar comida de casa e trazer para ele, e, se não fizesse isso, ia matar o garoto do jeito mais cruel possível. Dessa parte da história não tem muito o que contar, mas posso lhe garantir que ela é muito importante, então preste atenção em tudo que acontecer na infância de Pip. Então, certo dia, Miss Havisham , uma senhora muito rica e tenebrosa, sempre com o mesmo vestido de noiva antigo, numa casa tão sinistra quanto ela, manda uma mensagem para que Pip venha brincar com sua filha, Estella. A garota o trato muito mal, mas de algum jeito, ele se apaixona, e então começa a ir várias vezes na casa de Miss Havisham para ver ela, mas ele ficou marcado profundamente quando Estella o esnobou por não ter dinheiro, se vestir com roupas rasgadas e botas sujas, se sentiu humilhado, um "nada" no mundo e, desde então, sonha em ficar rico. Ao crescer, Pip é surpreendido por sr. Jaggers, quando lhe diz que tem uma grande fortuna para receber. Mas existem condições: vai recebê-la aos poucos, como uma mesada, deverá manter seu nome como "Pip" e o benfeitor só seria revelado quando quiser se mostrar ao novo rico. Pip, maravilhado, a aceita. E então vai para Londres, viver de um jeito totalmente diferente. No meio do livro aparecem vários mistérios e dilemas muito interessantes, mas em geral o livro gira em torno do amor de Pip por Estella.
Mas não de bola para minha resenha, VÁ LER O LIVRO. Ponho minha mão no fogo por esse livro, e confio que ele vá te apanhar de um jeito incrível, ou pelo menos lhe fazer refletir sobre muitas coisas.
O livro é dividido em três partes, de acordo com as esperanças de Pip. Não posso falar mais sobre ele, sobre sua história, pois é realmente como a vida. Tem altos e baixos, momentos de alegria e tristeza, de luz e escuridão. Assim como não se resume a vida de alguém, não se resume Grandes Esperanças.


Agora minha nota (estreando o novo sistema):

1. Me Prendeu? Com certeza! Muito cativante, não consegui desgrudar os olhos do livro. Cheguei a ir para a escola, mas não consegui prestar atenção em nada, só pensando que quando chegasse em casa continuaria a ler Grandes Esperanças! NOTA: 1,0

2. Personagens bem explorados? Sim! Temos uma análise do passado e presente dos personagens ao longo do livro, de suas emoções, de suas esperanças. De como se sentem nos momentos mais variados, de alegria, de raiva, de tristeza, e assim por diante. NOTA: 1,0

3. Personagens inovadores? Os personagens são como pessoas reais, e como todos somos diferentes, inovadores, com pensamentos e atitudes distintas, sim, são realmente inovadores. NOTA: 1,0

4. Trama complexa? A trama é como uma montanha russo, como uma vida, e várias vidas se cruzam nessa história, então sim, é bem complexa. NOTA: 1,0

5. Tradução boa? Sim, sem erros ortográficos e clara. NOTA: 1,0

6. Passado do personagem explorado? Como já disse antes, com certeza. Temos uma análise detalhada e misteriosa de todos os envolvidos na história. NOTA: 1,0

7. A leitura flui? Com certeza. A história é envolvente, o livro é escrito de uma forma simples e ao mesmo tempo rebuscada, você lê e não sente as páginas passarem, é como se estivesse passando um filme na frente dos olhos do leitor. NOTA: 1,0

8. Vale uma releitura? Absolutamente SIM. A história é captada na primeira leitura, mas como todo livro, e principalmente clássicos como este, sempre se descobre algo novo, uma mensagem que não se captou na primeira leitura. NOTA: 1,0

9. Clareza em expressar suas idéias? Estranhamente, sim. O narrador utiliza de muitas metáforas para explicar o que sente, mas, incrivelmente, o leitor consegue captar o sentimento, como se estivesse sentindo o mesmo, talvez até porque todos nós já nos sentimos abalados, ou extremamente felizes, assim como o narrador. NOTA: 1,0

10. Me marcou? Olha, já disse várias vezes, mas tenho que repetir: Grandes Esperanças mudou minha vida. Mudou meu olhar sobre o mundo, sobre as pessoas e os elementos que nos circundam no dia-a-dia. Eu acho que, além de ser uma história ótima, marcante e envolvente, este livro pode ser também uma ferramenta de auto-conhecimento. NOTA: 1,0


Nota Final: 10.0.

Para os que leram até aqui, obrigado pela paciência. Grandes Esperanças com certeza é, bem, é o que é. É essa criatura, esse presente, e espero que todos tenham a oportunidade de lê-lo.

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