terça-feira, 25 de setembro de 2012

Resenha: Cândido


Cândido é um livro difícil de resenhar. Aliás, é difícil até mesmo de explicar, ou dizer porque é tão bom.
   Livro de Voltaire, é simplesmente um livro fantástico. Alguma coisa nele me fascina. Não sei se é o tom irônico, ou as desventuras do protagonista, mas alguma coisa ali me prendeu até a última linha, sem ter a mínima vontade de pular uma só frase.
   Sua leitura flui de uma forma estranha, mais do que qualquer outro livro que eu já tenha lido. Voltaire mostra toda sua mestria, provando que consegue criticar os métodos doentios usados pela Igreja na época e pela realeza européia em geral, e isso sem ao menos pronunciar uma única palavra contra ambos. Usando países do outro lado do mundo que eram ( e ainda são) considerados subdesenvolvidos como exemplo e utopia, onde a Igreja não queimava hereges, onde se podia cumprimentar o rei como se fosse um velho conhecido e ainda por cima sair com sacos de ouro e diamantes cedidos pela própria realeza.
   Clássicos (como Cândido) não acho preciso colocar um resumo da trama, mas sim minha opinião a respeito deles. Mas mesmo assim vou colocar, pois muitos ainda podem não conhecer.
   Então vamos lá: Cândido foi criado num belo castelo na Vestfália ( o castelo do barão de Thunder-ten-tronckh), vivendo com todas as regalias que tinha direito, e sendo constantemente aconselhado por Pangloss, um "pensador", que lhe dava aulas. Mas Cândido era apaixonado por Cunegundes, filha do Barão, e ela também o amava. Então, num ato impulsivo, Cândido beija Cunegundes, mas bem na hora o pai da mesma chega e descobre o romance. Então Cândido é expulso do castelo a pontapés, e então suas desventuras começam. Cândido é raptado por búlgaros, naufraga, é açoitado, e até vai parar no Paraguai durante sua história, e tudo isso para ir atrás de sua amada. A história é narrado pelo ponto de vista de Cândido, porém ao longo do livro recebemos "relatórios" através de personagens secundários de como anda Cunegundes e onde é seu paradeiro. Cândido é muito ingênuo, as coisas mais absurdas acontecem na frente de seus olhos e ele não nota.
   Agora, minha opinião: Cândido é um livro que com certeza me marcou.Ao final da primeira página eu já estava totalmente mergulhado na história, não conseguia parar de ler, e ainda tirava umas boas risadas do desfecho de alguns capítulos. Que aliás são bem pequenos, tem em média 3 páginas! Mas não considero isso um defeito. Isso torna a leitura bem ágil.
   Esse livro é uma leitura obrigatória para todos, na minha opinião. Se ainda não teve a chance de lê-lo, seja por falta de tempo, interesse ou por não conhecer a obra, reserve um tempo para ele, que não irá se arrepender.
   Minha nota então é 10/10. Cândido é certamente um livro para ser lido, relido e lido novamente.

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